O homem não se pronuncia, simplesmente joga Vítor fora do carro,
ele entra no veículo e arranca, e abandona Vítor ali no chão algemado.
_ Hei! Hei! Não me deixe aqui algemado! No meio do mato! Hei,
volte aqui! E agora o que eu faço? Ai que droga!!
No apartamento de Kelly, ela se lembra de onde tinha visto o
guarda que abriu a cela para ela, mas não conseguia acreditar.
_ Mas não pode ser! Aquele homem é o Jorge! Meus Deus é ele sim!
Pela passarela! Mas como é que pode? Eu vi ele morrendo! Isso me parece muito
confuso! A não ser que… claro! Só pode, ele é o mestre em simulações, disfarces
essas coisas, ele simulou sua morte para mim! Mas porquê ele faria isso? Se ele
sabia que eu precisava dele? Meu Deus, o Jorge vivo! Não posso acreditar! Mas e
agora o que ele fazia na delegacia disfarçado de polícia? Eu queria tanto falar
com ele, mas que pretexto eu vou usar se Vítor já foi transferido!
A Tv. Estava ligada, enquanto ela se preparava, ela ouve acerca
de um resgate envolvendo a transferência de Vítor ao presídio.
Na mansão Villa Real, Paula chama Lígia as pressas para ouvir o noticiário.
Lígia desce correndo.
_ Que gritara é essa minha filha?
_ Mamãe, ta passando no noticiário….
_ Calma menina, respira… o que está acontecendo?
_ Melhor a Sra. Ouvir!
As notícias diziam que o carro que transportava o Jovem Vítor
Villa Real, ao presídio, foi atacado pelos cúmplices dele, eles resgataram o assassino
e colocaram fogo no carro, e segundo a polícia o jovem meliante está novamente
foragido da justiça, e pelos vistos ele contava com a ajuda de cúmplices já a
muito tempo.
_ Não pode ser! Tem alguma coisa errada aí! Diz Alicia
Lígia sem forças, senta no sofá, ela não sabia como reagir, as
filhas abraçam-na, e com muita dor elas se convencem de que Vítor assassinou
mesmo o pai, e Lígia decepcionada, proíbe que mencionem o nome do filho.
_ O Sirílo tinha razão mamãe… ele sempre nos avisou que Vítor era
ambicioso e perigoso, mas agente nunca quis acreditar nele! Diz Mónica
chorando.
_ Como ele foi capaz? Como? Lígia decepcionada
_ Ele era nosso irmão favorito! Paula
Nesse momento chega Carlos, para estar por perto e consolar a família
como sempre tem feito.
_ Eu acabei de ouvir as notícias, e vim saber como é que vocês
estavam. Eu não quis acreditar …
_ Meu filho… o filho que eu mais amei nessa vida, o meu tesouro!
Nos faz uma coisa dessas? Lamenta Lígia
_ Gente, desculpa eu me intrometer, mas vocês não podem julgar o
Vítor sem antes saber o que realmente aconteceu…
_ Alicia, as provas estão bem claras, só não enxerga quem não
quer ver, por mais que doa, é a realidade, e agente tem de encara-las… o Vítor
matou o próprio pai, o nosso pai, e tudo por ambição, pelo poder, o maldito
poder… diz Mónica
_ Mas, ele noutro dia descobriu que existe uma terceira pessoa
por detrás dessa história toda! Quem sabe não é essa pessoa quem está fazendo
isso?
_ Por favor menina! Para de defendê-lo! Eu também acreditei nessa
hipótese! Até cheguei a aconselha-lo acerca desse assunto. Mas depois disso que
aconteceu nos últimos dias, eu já não acredito nisso. O Vítor pode muito bem
ter inventado aquela história para tirar as suspeitas por cima dele, mas pelos
vistos o plano dele acabou falhando.
Alicia, perde os argumentos e a coragem de defender Vítor Diante
da família, porque ela desconfiava cada vez mais de Carlos, e depois do que ele
acabou de dizer, não restaram dúvidas. Ela resolve retirar-se e ir até a
cozinha.
No mato, Vítor sempre deitado no chão algemado, não conseguia
nem se sentar, estava com fome, sede, ele estava algemado com os pés.
_ Droga! Estou com a garganta seca! Como eu vou sair daqui?
Porque tudo, isso meu Deus? Que culpa agente tem para merecer um castigo como
esse!
Kelly depois de ouvir as notícias decide mudar seus planos e ir
para outro lugar, atrás de Carlos, e tentar descobrir uma pista que prove seu
envolvimento no caso de Vítor e sua família.
Sirílo na clínica, fez um novo amigo, um rapaz de 18 anos
chamado Rafael, que também está internado e dividem o mesmo quarto. Sirílo
contava-lhe do amor que sente por uma jovem especial, bela e simples chamada
Alicia.
_ Ela é a moça mais linda que eu já conheci! Seu rosto transmite
uma luz, seu sorriso então…
_ Ela deve ser mesmo especial, para você!
_ Muito especial. Mas a inveja do meu irmão estragou tudo, eu
estou trancado aqui! E ela está lá correndo perigo com o meu irmão a solta.
_ Sabe, quero te contar um segredo!
_ Que segredo?
_ Você tem que prometer que não vai dizer a ninguém!
_ Tudo bem eu prometo! Agora conta!
_ Sabe, noutro dia no jardim eu achei um tesouro…
_ O quê? Um tesouro?
_ Fale baixo! Pois é, e eu o escondi!
_ Mas tesouro, mesmo de tesouro?
_ Sim! Eu guardei-o, foi enterrado pelos piratas…
_ Ah, pelos piratas! Que bom, um dia desses você me mostra.
Alicia, estava saindo para as compras, e ela adorava ir sozinha,
para caminhar, ver gente na rua. Ela estava caminhando, quando de repente dá de
caras com Valdemar o pai de Kelly.
_ Nossa, mas que surpresa! Você não é a moça que ia sempre
perguntar por Sirílo?
_ Dr. Valdemar?
_ Nossa, a Sra. Nunca mais apareceu por lá? O que se passa?
_ Foi o Sr. Mesmo quem disse que as visitas atrapalhariam na
recuperação dele?
_ Me chame apenas de Valdemar por favor! Sr. Está lá nas
alturas! Bem quanto a Sirílo eu avisei a dona Lígia mãe do rapaz que agora ele
está recebendo vistas, ela não te disse?
_ Ela não me deve satisfações, ela é minha patroa!
_ Ah, ela é sua patroa? Perdão, eu achei que você fosse, bem a
namorada do rapaz!
_ Que isso, imagina! Somos apenas bons amigos, eu tenho um
carinho especial por ele, só isso! Mas o Sr. Disse… quer dizer você disse que
as visitas estão autorizadas?
_ Você pode vê-lo quando quiser, mas, ele ainda está meio
perturbado, e não diz coisa com coisa! Mas agora está recuperando.
_ Pois, vou ver se passo lá um dia desses para visita-lo…
_ Estarei aguardando… foi
um prazer revê-la
Beijando a mão da jovem. Alicia, não entende qual era o jogo
dele dessa vez, porque ele permitiria agora que ela fosse visitar Sirílo, se a
dias atrás ela e Kelly foram perseguidas por um de seus homens e com certeza
ela foi vista.
Vítor estava cansado, sem forças, jogado na mata com os pés e
mãos algemados, mas ele é encontrado por um outro homem que sai da cabana
abandonada, chega ao pé dele e bate-lhe com uma arma que estava em sua mão na
cara, deixando-o inconsciente.
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